COMUNA DE
PARIS.
Foi uma tarde memorável com a exposição do Professor da PUC e da
Fundação Santo André, Antonio Rago Filho, que Falou sobre a contribuição
histórica dos escritos de Marx sobre Comuna de Paris.
Por mais de três horas, fez detalhada exposição sobre o Caráter ontológico do Trabalho, numa
perspectiva Marxista, falou do papel das
forças produtivas e discorreu com
entusiasmo sobre a Comuna de Paris, uma experiência concreta relatada por Marx sobre as lutas dos
trabalhadores na França e seu
significado para a classe trabalhadora
mundial.
Os operários franceses durante 72 dias (18/03 a 28/05) em 1871,
governaram Paris, numa clara demonstração do verdadeiro potencial transformador
dos trabalhadores em luta.
No editorial da revista
PUC-VIVA, de janeiro a abril de 2011, ano 12-n° 40, afirma: “As lições da
Comuna nos auxiliam na compreensão da atualidade da revolução social. Marx em
sua obra A guerra civil na França, escrito imediatamente após a derrota sofrida
pela comuna de Paris, apresenta um balanço crítico da comuna, analisando seus
acertos e erros. O operariado armado deu um passo à frente ao levantar-se em
armas e expulsar Thiers para Versalhes: no entanto, a ausência de um partido
revolucionário, para fazer frente aos interesses determinados pela burguesia em
meio a guerra imperialista, levou-o a erros táticos e estratégicos, econômicos
e políticos, que incidiu fortemente nos acontecimentos. Em 21 de maio inicia-se
a tomada da cidade pelo exército de Versalhes e em 28 ocorre a derrota final
que, pesar da resistência dos revolucionários em barricadas, não conseguiu
fazer frente aos ataques da burguesia, e os operários, homens, mulheres,
jovens, crianças, foram massacrados, mortos, executados, presos e deportados”.
Esse debate acontece num contexto de enfrentamentos históricos no norte
da África, revoltas populares no Brasil e em várias partes do mundo.
“A Paris operária com sua comuna será sempre celebrada como arauto
glorioso de uma nova sociedade. Os seus mártires estão guardados como relíquias
no grande coração da classe operária. E aos seus exterminadores, já a história
os amarrou àquele pelourinho eterno donde todas as orações dos seus padres os
não conseguirão redimir”. (Marx, 1871)
O professor Rago é um histórico Educador comprometido com as teorias e
lutas da classe trabalhadora.
Aldo Santos - coordenador da apeoesp-sbc, Presidente da Associação dos
Professores de Filosofia e Filósofos do
Estado de São Paulo e APROFFIB, militante do Psol.
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