domingo, 28 de julho de 2013

O “destino” do rio é encontrar do Grande Rio.


Já conhecemos o professor Alfredo  Buolos há muito tempo, pois todos os anos, ele participa das atividades do movimento negro em nossa região, expondo alguns textos, reafirmando seu compromisso com a história e a luta do movimento negro organizado.
Essa atividade foi realizada pela editora FTD, que procurou apresentar novas tecnologias para subsidiar os educadores em sala de aula. Começou sua exposição com o quadro Guernica de Pablo Picasso.
 A obra “Guernica” foi pintada por Pablo Picasso em 1937, e retrata o massacre da cidade de Guernica, na Espanha, pelo poderio militar de Adolf Hitler durante a Guerra Civil Espanhola (http://abstracaocoletiva.com.br/2013/03/22/guernica-analise/).
Com a exposição, abriu-se o debate e os  questionamentos sobre o conteúdo desse quadro que retrata importante massacre   e destruição pelos nazistas, nesta cidade na Espanha.
Para ele, a imagem é uma representação e não uma reprodução do real, fazendo referência ao quadro apresentado.
 No segundo bloco falou do imaginário que temos do continente africano, afirmando que via de regra, a áfrica é pensada como savana e não como cidade. Para o senso comum, a áfrica representa tribos, enquanto para a Europa é povo, e do ponto de vista da linguística, para os Europeus a língua do africano é um dialeto, enquanto, para outros povos é idioma.
Finaliza esse bloco fazendo referência a um novo olhar sobre o Negro, que segundo ele, devemos vê-los de forma positiva e não de maneira negativa com ainda hoje é apresentado a sociedade. Destacou a figura de Milton Santos, falou de seu exemplo como educador, a forma como atendia os alunos carinhosamente e afirmou que “O professor ensina o que  ele é, e não  o que ele sabe”.
Falou do exemplo da capoeira e a luta do Mestre Bimba que saiu da Bahia, foi ao Catete falar com Getúlio Vargas, explicando o significado dessa arte, e, após esse encontro a capoeira deixou de ser criminalizada, por volta de 1930. Afirmou que a capoeira representa a dança e a luta do povo escravizado e oprimido.
No terceiro bloco apresentou novas ferramentas virtuais. Foi muito importante o conteúdo do vídeo sobre a tribo dos Mundurunkus, que numa conversa simples com um líder indígena, o mesmo fala de como a criança indígena era tratada, e, que quando pequeno tinha vergonha de ser índio  No diálogo com seu avô, o mesmo disse para o neto ouvir a voz dos rios e das florestas. A voz do rio é nítida, expressa sua energia, seu movimento e sua contribuição com o alimento dos nativos, bem como fornece a água limpa nos sacia. O destino do rio é buscar do Grande Rio.
Antes de seu avô morrer, teve outro diálogo com o mesmo, dizendo que tinha se assumido como índio  momento em que o avô disse que ele não era índio e sim Mundurunku; índio é coisa de branco.
O jovem tira lição do diálogo e encerra o diálogo convidando todos a reflexão, afirmando que  tinha que ir embora , pois, “a floresta  estava avisando  que  ia chover”.Merece destaque na exposição  o crescimento da população nativa no Brasil.
Apresentou outras ferramentas apropriadas para o ensino fundamental de forma lúdica e atrativa, segundo os presentes.
Finalmente agradeceu a presença de todos e todas, e nosso sindicato foi representado na fala dos dirigentes da subsede, professor Cido e  professora Conceição. Após a exposição todos foram ao jantar no restaurante, com boa animação musical, num clima descontraído e pedagogicamente recomendável.

Uma boa exposição é preciso!


Aldo Santos- coordenador da apeoesp-sbc,presidente da APROFFESP E APROFFIB, militante do PSOL.

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