Já conhecemos o professor Alfredo Buolos há muito tempo,
pois todos os anos, ele participa das atividades do movimento negro em nossa
região, expondo alguns textos, reafirmando seu compromisso com a história e a
luta do movimento negro organizado.
Essa atividade foi realizada pela editora FTD,
que procurou apresentar novas tecnologias para subsidiar os educadores em sala
de aula. Começou sua exposição com o quadro Guernica de Pablo Picasso.
A obra “Guernica” foi pintada por Pablo Picasso em 1937, e retrata o massacre da cidade de
Guernica, na Espanha, pelo poderio militar de Adolf Hitler durante a Guerra
Civil Espanhola (http://abstracaocoletiva.com.br/2013/03/22/guernica-analise/).
Com
a exposição, abriu-se o debate e os questionamentos
sobre o conteúdo desse quadro que retrata importante massacre e
destruição pelos nazistas, nesta cidade na Espanha.
Para ele, a imagem é uma representação e não uma
reprodução do real, fazendo referência ao quadro apresentado.
No segundo
bloco falou do imaginário que temos do continente africano, afirmando que via
de regra, a áfrica é pensada como savana e não como cidade. Para o senso comum,
a áfrica representa tribos, enquanto para a Europa é povo, e do ponto de vista
da linguística, para os Europeus a língua do africano é um dialeto, enquanto, para
outros povos é idioma.
Finaliza esse bloco fazendo referência a um novo
olhar sobre o Negro, que segundo ele, devemos vê-los de forma positiva e não de
maneira negativa com ainda hoje é apresentado a sociedade. Destacou a figura de
Milton Santos, falou de seu exemplo como educador, a forma como atendia os
alunos carinhosamente e afirmou que “O professor ensina o que ele é, e não
o que ele sabe”.
Falou do exemplo da capoeira e a luta do Mestre
Bimba que saiu da Bahia, foi ao Catete falar com Getúlio Vargas, explicando o
significado dessa arte, e, após esse encontro a capoeira deixou de ser criminalizada,
por volta de 1930. Afirmou que a capoeira representa a dança e a luta do
povo escravizado e oprimido.
No terceiro bloco apresentou novas ferramentas virtuais.
Foi muito importante o conteúdo do vídeo sobre a tribo dos Mundurunkus, que numa
conversa simples com um líder indígena, o mesmo fala de como a criança indígena
era tratada, e, que quando pequeno tinha vergonha de ser índio No diálogo com
seu avô, o mesmo disse para o neto ouvir a voz dos rios e das florestas. A voz
do rio é nítida, expressa sua energia, seu movimento e sua contribuição com o alimento
dos nativos, bem como fornece a água limpa nos sacia. O destino do rio é buscar
do Grande Rio.
Antes de seu avô morrer, teve outro diálogo com o
mesmo, dizendo que tinha se assumido como índio momento em que o avô disse que
ele não era índio e sim Mundurunku; índio é coisa de branco.
O jovem tira lição do diálogo e encerra o diálogo
convidando todos a reflexão, afirmando que tinha que ir embora , pois, “a floresta estava avisando que ia
chover”.Merece destaque na exposição o crescimento
da população nativa no Brasil.
Apresentou outras ferramentas apropriadas para o ensino
fundamental de forma lúdica e atrativa, segundo os presentes.
Finalmente agradeceu a presença de todos e todas,
e nosso sindicato foi representado na fala dos dirigentes da subsede, professor
Cido e professora Conceição. Após a exposição todos foram ao jantar no restaurante, com
boa animação musical, num clima descontraído e pedagogicamente recomendável.
Uma
boa exposição é preciso!
Aldo
Santos- coordenador da apeoesp-sbc,presidente da APROFFESP E APROFFIB,
militante do PSOL.
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