Nosso apoio e solidariedade a histórica greve dos Servidores da Cidade de Salto.
A Plenária Sindical regional da TLS, reunida no dia 23de março de 2012, debateu e aprovou essa moção de apoio a luta dos trabalhadores que estão com os salários defasados e que por intransigência do prefeito, o único caminho que restou foi a deflagração de uma importante greve municipal.
É uma greve massiva, e conta inclusive com o apoio da população que está mobilizada e solidaria com os servidores em greve.
Esperamos que o prefeito abra o diálogo com a diretoria do sindicato que vem conduzindo brilhantemente o sindicato e que a vida na cidade retome seu curso natural.
Estamos fazendo um chamando de solidariedade às entidades sindicais, populares, estudantis e partidárias para que contribuam efetivamente com essa importante e histórica greve dos servidores municipais.
Ousar lutar e vencer é preciso!!!
Plenária Sindical Regional da TLS
COMEÇA A GREVE DOS SERVIDORES EM SALTO.
Publicado por Rita Mantovani em 12 de março de 2012 -
jornalestancia
A greve não tem tempo determinado para ser cancelada.
Nesta segunda-feira (12) foi iniciada a greve em algumas repartições públicas da Prefeitura de Salto, por conta da administração não ter atendido a reivindicação de 20% de reajuste aos servidores. Desde as 5h30, nossa reportagem está acompanhando os pontos paralisados e nota-se que os pais não levaram os seus filhos às creches e pré-escolas, por isso, a greve aconteceu de forma espontânea.
Os postos de Saúde e as Clínicas de Saúde estão paralisados e o atendimento está sendo feito no pronto socorro, cuja demanda está grande desde cedo. Nossa reportagem foi abordada na Clínica do Jardim Santa Cruz e no posto do Jardim Saltense por usuários indignados com a paralisação, o que comprometeria a retirada de medicamentos e consultas agendadas em encaixes, as quais teriam sido conseguidas após 3 meses de solicitações.
O CEMUS do Jd. Nova, segundo apurado, tem uma classe com 30 alunos funcionando regularmente.
Em quase todas as creches tem funcionários públicos presentes, porém, o Sindicato dos Servidores com o apoio do Comitê Sindical, está indo em todas as unidades para intermediar a paralisação geral.
O JE conversou com Rita Diniz, presidente da APEOESP (Sindicato dos Professores Estaduais) que vem liderando o movimento, na Garagem Municipal, a qual comentou que um dos pontos que ainda faltava a aderir à greve era o Centro de Especialidades da Mulher, onde ela estava se dirigindo para dar mais apoio às servidoras e servidores municipais.
O jornal também conversou com o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Alexandro, presente na Garagem Municipal junto com Rita. Ele acredita numa rejeição do projeto de lei do reajuste enviado à Câmara, pelo prefeito, na última semana. Os servidores farão um ato, amanhã à noite, com concentração na Praça XV e destino à Câmara de Vereadores, no sentido de “pressionar” para que os edis não votem o aumento não digerido pela categoria.
PISO SALARIAL DA PREFEITURA DE SALTO
Desde o final da década de 80 que o piso salarial dos funcionários públicos municipais de Salto, está pouco acima de um salário mínimo. Mais de dois terços dos servidores estão na faixa entre um a dois salário mínimo.
É um dos piores salários entre as 645 cidades do estado de São Paulo. A atual administração municipal implantou progressão de 3% para cada cinco anos de trabalho, procurou repor a inflação a partir de 2005, mas mesmo assim o salário do funcionalismo continua muito baixo.
Nas creches trabalham 266 auxiliares de desenvolvimento infantil com salário de R$ 697,40 e existem 166 auxiliar administrativo I com salário de R$ 697,40. Há 84 técnico de enfermagem com salário (sem o SUS) recebendo por mês R$ 899,80.
O salário de 91 Guarda Civil Municipal de 3ª classe é de R$ 899,80. Os 53 inspetores de alunos ganham R$ 697,40 por mês. Os 55 vigilantes recebem 2,90 por hora, totalizando pouco mais de R$ 700,00 por mês.
Ainda entre os horistas temos 296 auxilares de limpeza I com salário de R$ 2,90, totalizando ao mês pouco mais de R$ 700,00. O salário dos 56 motoristas e de 31 pedreiro é de 4,09 por hora, significando menos de R$ 1.000,00 por mês. As 34 mrendeiras recebem 638,00 por mês.
Aqui foram citados 1 132 funcionários públicos, quase metade do total, com salário bem abaixo de dois mínimos. Uma cidade do nível de Salto, teria que pagar um piso salarial para o funcionalismo nunca inferior a dois salário mínimo. A arrecadação do município mais do que multiplicou por 3 a partir de 2005 e o salário do funcionalismo no mesmo período teve aumento inferior a 50%. O servidores merecem e a prefeitura pode pagar os 20% de aumento.
Escrito por Profº Erasmo Rocha às 21h31
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