Vila Ferreira: Marinho eleito; Mauricio Prefeito!
No dia que em completou 8 anos da reintegração de posse do Acampamento Santo dias, ocorrida em 18 de julho de 2011, as manchetes em São Bernardo do Campo dão conta da desocupação de parte dos moradores da Vila Ferreira, uma antiga Vila, que em seu início, contribuímos relativamente para sua implantação.
Os Governos Municipais, Estaduais e Federal, chamam os pobres de “invasores”, quando deveriam cumprir seu papel de propiciar moradia digna a todos, ao contrário, transformam suas vidas e cotidiano em uma verdadeira praça de guerra, com operações de reintegração e violência, tratando a pasta da habitação com repressão policial, se contrapondo às necessidades sociais dos moradores. Por óbvio, que esse movimento desgasta o governo Tucano e os Petistas, que de braços cruzados, nada fazem para resolver os problemas de moradia na Cidade, como vem ocorrendo com o movimento MSTU e outros que no compasso do “espera - espera”, até hoje não teve sua reivindicação atendida.
Com o acampamento Santo Dias, ficou claro o déficit de 60 mil moradia na Cidade, pois a ocupação contou com sete mil acampados na ocasião e, mesmo o programa de governo “minha casa minha dívida” não reponde a demanda reprimida que existe na sociedade são-bernardense, haja vista o grande número de excluídos existentes no país.
Numa Cidade cuja lema é “a Cidade da Iinclusão”, os pobres, pelo jeito, estão fora da contabilidade da Prefeitura, que nas reportagens publicadas, parece que a Prefeitura não existe e a desocupação ocorre no território do nunca, pois o Poder Público municipal nunca chega para dar seu apoio, acolher humanamente seus filhos, dar o amparo necessário nos momentos de dificuldades, numa Cidade que conta com importante banco de terra ociosa ou voltada para a especulação imobiliária.
Numa Sociedade de exclusão os ocupantes não tem outra alternativa que não seja a ocupação para conseguir viver com um mínimo de dignidade. Quando não existem políticas públicas, o povo organizado aponta os caminhos que é Lutar ,Ocupar, Resistir e Construir.
Esperamos que o Prefeito não faça de conta que a desocupação ocorre em Marte ou em outro Planeta, pois uma gestão comprometida como os pobres deve oferecer terra e apoio logístico para os reintegrados, para dessa forma demonstrar, na prática, a que veio e que a Cidade tem preocupação e compromisso com os pobres e oprimidos.
A provocação do título justifica-se, pois tamanha omissão só ocorreu na Administração Mauricio Soares, por ocasião da desocupação do Jardim falcão há vários anos atrás.
Naquele episódio, além de não fazer nada para mediar e ou impedir tal desocupação, em sua gestão, omitiu-se ainda em relação aos estudantes na luta pelo passe livre, assim como portou-se contra os moradores da VILA LULALDO, no Riacho Grande e outros.
Não é por acaso que o Ex-Prefeito Mauricio Soares hoje é o braço direto e da direita, ao lado do prefeito Marinho do PT. Assim, de omissão em omissão é que a atual gestão expressa, na forma e conteúdo, seu desgoverno e a Exclusão para com idosos, mulheres e crianças, vítimas de desocupações dessa natureza.
Nesse contexto, convidamos os Sem-Teto da Cidade para uma reunião no dia 07 de agosto de 2011 às 10 horas na APEOESP de SBC, para um debate sobre os 8 anos do massacre do Acampamento Santo Dias, com exposição de fotos e documentos e, sem sombra de dúvida, retomarmos a luta pela habitação com aqueles que querem lutar por um mundo justo, fraterno, igualitário-Socialista.
Participar da luta pela habitação é preciso!
Aldo Santos: Ex-vereador, presidente da Associação dos Filósofos (aproffesp), Coordenador da APEOESP- SBC, Coordenador da corrente política TLS, Membro do Coletivo Nacional de Filosofia e da Executiva Nacional do Psol.
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