sexta-feira, 3 de junho de 2011

MAIO DE 2011:UM BALANÇO SANGRENTO.

MAIO DE 2011:UM BALANÇO SANGRENTO. O mês de maio tem início com a morte de Osama Bin Laden, cheia de controvérsias e de práticas abjetas por parte do governo Americano, o mesmo governo que foi laureado com o prêmio Nobel da Paz, nesse episódio determina o fuzilamento implacável sem direito a defesa ou a interrogatórios amplamente esclarecedores e possivelmente comprometedores, portanto, um revide igualmente terrorista.

No mês de maio de 2011, além da referência da farsa da abolição em 13 de maio de 1888, transformado em dia de denunciar o racismo, vários episódios aconteceram no cenário da luta contra o preconceito racial, contra a homofobia, contra a corrupção e contra o projeto do “comunista do capital” Aldo Rebelo.

Além, das páginas estampadas da corrupção Palocciana, das maracutaias do líder do governo Romero Jucá, para nossa tristeza ocorreu a morte de um dos baluartes do movimento negro mundial Abdias do Nascimento.

Ainda no rol das grandes celeumas, a eliminação física de Osama Bin Laden, criatura da política americana, pelo representante do criador, o imperialismo representado por Barack Obama, poderá ressignificar o cadáver “mitológico de Bin Laden” de parte daquele povo. O impacto da morte de Osama, as circunstâncias da mesma e a violação do território do Paquistão são alguns dos ingredientes que coloca em xeque a propalada democracia americana, que de democrata não tem nada.

O que se indaga agora é qual a diferença entre o terror privado e o terror de Estado praticado pelo imperialismo americano ou a mando do mesmo ao longo de sua história? Ambos os terrores são condenáveis a luz da realidade e da razoabilidade da ética universal.

Mesmo as mudanças que vêm ocorrendo no Oriente Médio e no norte da África, longe de representar um processo de ruptura revolucionário, grande parte dessas manifestações estão a serviço da política externa americana, que perde os anéis para não perderem os dedos e o punho da dominação terrorista do império pelo mundo.

O terror de Estado massacra o povo no Iraque, no Afeganistão, apóia movimentos sangrentos de direta pelo mundo inteiro, além de apontar literalmente suas bases militares para todos os lados e lugares estrategicamente escolhidos por eles, agora buscam e apóiam uma pseuda depuração dos seus quadros dirigentes no mundo inteiro, para adaptarem-se as novas exigências de mercado, e do “politicamente correto” pelo viés e interesse geopolítico dos dominantes. Um exemplo condenável dessa agressão é a matança e a ingerência que estão implementando na Líbia de Kadaffi, que embora não represente os anseios de mudanças do seu povo, não se pode sob esse pretexto aceitar, pactuar ou silenciar-se diante de mais uma intervenção dos países aliados neste pacto de morte num flagrante desrespeito ao ordenamento jurídico internacional previsto na autodeterminação dos povos.

O mês termina com manchas de sangue espalhadas pelo mundo inteiro e em particular, com a morte de trabalhadores rurais sem terra e militantes defensores da preservação meio ambiente.

Essas mortes representam o sangue derramado injustificadamente dos lutadores sociais,bem como a incompetência política e institucional da cúpula Palocciana de Brasília, do PT e seus agregados. Entra ano e sai ano e o governo que foi eleito com base num discurso pretensamente em defesa dos trabalhadores nada faz para evitar mortes relacionadas à ausências explícitas de políticas públicas neste país.

Nesse contexto, a retomada das leituras e da práxis marxista se coloca na ordem do dia, na preparação efetiva da luta e da resistência revolucionária contra o império e seus prosélitos.

Lutar contra o imperialismo é preciso!!!



Aldo Santos. Sindicalista, professor de filosofia na rede pública estadual, Presidente da Associação dos professores de filosofia e filósofos do Estado de São Paulo, Membro da Executiva Nacional do Psol.

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