...Psol quer fortalecer bases
Havolene Valinhos.
Do Diário do Grande ABC domingo,
8 de maio de 2011 7:51
Atualmente, o Psol não tem nenhuma cadeira nos Legislativos ou Executivos da região, mas as lideranças da sigla no Grande ABC se reuniram ontem para discutir as estratégias do partido para mudar esse quadro nas eleições de 2012. A principal ação é se aproximar cada vez mais da população e conquistar simpatizantes, aumentando a capilaridade nos núcleos de base nas sete cidades.
Embora o discurso da legenda seja seu fortalecimento com o aumento de filiados e de cadeiras no Legislativo e no Executivo, os nomes para a disputa ainda não foram definidos.
Aldo Santos e Horácio Neto, que já foram vereadores por São Bernardo e São Caetano, respectivamente, afirmaram que existe a possibilidade de disputarem de novo a cadeira do Paço cada um em seu município, mas também estudam a vereança. Ricardo Alvarez não estava na reunião, mas o consenso dos partidários é que ele seja novamente o nome para a disputar a Prefeitura andreense. Em Mauá, o nome é de José Silva, que já passou pelo PT e pelo PCdoB. Diadema não teve representante no encontro. Já nas cidades de Rio Grande da Serra e Ribeirão Pires, o Psol tem a intenção de criar diretórios.
"O objetivo é trabalhar a base, sair mais às ruas e dizer que tudo é uma grande mentira. A administração Aidan Ravin (PTB) caiu de paraquedas, vem fazendo uma administração ruim e o PT vive um racha violento ", desferiu Sidnei Gationi, integrante da executiva andreense, que representava Alvarez.
O Psol também aposta no fortalecimento e crescimento dos movimentos sociais, como o de habitação, negro e GLBT (Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transgêneros) e sindicais como o da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) e de trabalhadores.
REFORMA POLÍTICA
A esperança dos socialistas para ter chances similares a dos concorrentes quando o assunto é financiamento de campanha e, por consequência, bom resultado nas urnas, é a validação de uma reforma política.
Para Horácio Neto, o atual modelo de financiamento feito por doações de particulares é uma "porta de corrupção". "A pessoa faz a doação, mas sempre cobrará algum benefício depois."
Aldo Santos enfatizou que o financiamento público das campanhas mudará a configuração do processo eleitoral, uma vez que possibilitará a "igualdade da concorrência". Mas acredita que ainda assim haverá problemas. "Encontrarão formas de organizar balcões de negócio."
Sigla critica gestões petistas e fala em alianças coerentes
Na busca por alianças para as eleições do próximo ano, uma parceria com o PT parece estar longe das pretensões dos socialistas. "Depende de discussões no Congresso. O Psol faz alianças coerentes. O povo já está cansado de alianças sem sentido", salientou o ex-prefeiturável por São Bernardo, Aldo Santos, que deu por certo a parceria com os partidos de esquerda PSTU e PCB.
As intervenções realizadas pelo PT, que comanda o governo federal, causam incômodo entre os ex-correligionários. O Psol, criado a partir de um racha com a sigla demonstra insatisfação com as atuais gestões petistas, especialmente com a de São Bernardo, do prefeito Luiz Marinho e de Mauá, Oswaldo Dias. "Encontramos um campo muito fértil em Mauá. Falta de um plano habitacional, vendas de áreas públicas pelo prefeito para o pagamento de dívidas. Estamos ganhando as pessoas pelo diálogo", disse o presidente do diretório de Mauá, André Sapanos, 24 anos, eleito em abril.
A comandante do Psol em São Bernardo, Maria Devanir, a Wanda, criticou a forma como as questões habitacionais e de saúde têm sido tratadas. "Querem esconder mazelas debaixo do tapete."
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