MOVIMENTO NEGRO DA REGIÃO DISCUTIU A ABERTURA ILEGAL DO COMÉRCIO NO DIA 20 DE NOVEMBRO.
Desde o final de 2013, aconteceram várias reuniões na câmara municipal de Santo André, por contra de uma manifestação de racismo contra assessora do gabinete do vereador Araujo do PMDB da Cidade.
Como parte da pauta do movimento negro, a realização dessa audiência pública para tratar da abertura ilegal do comércio no feriado de 20 de novembro foi satisfatória.
No dia 20 de novembro de 2013, fizemos um ato contra o racismo na Cidade de Santo André, e na contra mão da história e da legalidade, a Oliveira Lima estava funcionando plenamente, bem como parte do comércio em São Bernardo do Campo.
O Presidente da Câmara de Santo André concordou e convocou a referida audiência que contou com a participação da Associação comercial da cidade, da representante do prefeito Grana, do Prefeito Marinho e do movimento Negro Regional.
Após as exposições a palavra foi aberta ao público presente. A fala do ex-vereador Aldo Santos foi incisiva ao criticar o racismo que aconteceu na câmara municipal de Santo André, disse de sua iniciativa como vereador por 16 anos em São Bernardo do Campo, pois, foi a primeira cidade na região que apresentou tal projeto de lei sobre o feriado do dia 20 de novembro. Diante do conservadorismo de setores da sociedade, foi a última cidade que aprovou tal projeto, disse Aldo Santos.
Disse não concordar em nada com o que falou o representante da Associação comercial, porém, destacou em sua fala o fato de que "não tem sentido uma cidade desrespeitar o feriado como é o caso de São Bernardo do Campo que vai comemorar no dia 21 de novembro de 2014, e não no dia 20”, criticou o representante dos comerciantes.
O posicionamento do prefeito desencadeia uma espécie de guerra fiscal na região. Por último, Aldo Santos fez crítica a omissão dos Presidentes Lula e Dilma, que poderiam ter avançado nessa reivindicação, decretando o feriado Nacional,não deixando o movimento negro e as cidades, vulneráveis a pressão do setor empresarial.
Outras falas apontaram na direção de que é preciso respeitar a lei e organizar o movimento para boicotar as lojas que desrespeitarem o dia da Consciência Negra.
O debate fluiu respeitosamente, e em nenhum momento foi aventada a possibilidade de revogação da referida lei municipal.
Entendemos que é urgente uma reunião com o consórcio intermunicipal para exigir que o prefeito Marinho mantenha o feriado no dia 20 de novembro em comum acordo com as demais cidades. Vamos também exigir respeito ao movimento negro, pois, comemorar fora da data é um desrespeito e tentativa de descaracterizar a nossa histórica luta.
Lamentamos que o prefeito do PT mais uma vez faça o jogo dos empresários e da classe dominante, em detrimento da histórica luta contra os 350 anos da escravidão oficial em nosso país. Nosso movimento vai continuar organizado e unido, exigindo respeito a nossa luta e pela implementação das demandas vinculadas historicamente ao povo negro e a classe trabalhadora.
Comunicação: Espaço Cultural Luiza Mahin.
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