1. O nosso planeta está com mais de 7
bilhões de habitantes, numa escala crescente da riquezas nas
mãos de poucos, e, em contrapartida, a disparidade entre
ricos e pobres é visceralmente oposta ao desejo de um mundo justo, digno
e solidário entre as pessoas.
2. Com a atual estrutura de fatiamento
geográfico do globo em dezenas de países expressa-se a máxima de dividir para
governar e com isso se impõe o domínio econômico e de classe, com o predomínio
e a existência de impérios ao longo da existência dos homens no planeta.
3. A forma de superar o imperialismo é
organizar democraticamente a nossa classe em nível mundial para superar as
fragilidades regionais, redirecionar as economias solidariamente, avançar nas
relações comunistas que deve orientar as ações dos lutadores e de toda classe
em escala mundial.
4. O Capitalismo através de seus
mecanismos impositivos constitui países, compõe blocos econômicos
e áreas de livre comércio para manter o domínio econômico e
consequentemente o domínio de classe.
5. O domínio econômico historicamente
já se manifestou na guerra do fogo, nas guerras tribais, nas
colonizações, nas matanças de povos nativos, nas guerras religiosas, nas
guerras convencionais, na guerra fria, nas guerras virtuais, além das
propagandas ideológicas e a busca de hegemonias dilacerantes. Em contra
partida, países periféricos continuam sem o básico e ainda são obrigados a
drenarem suas riquezas naturais para os países centrais ao preço que eles
querem, submetendo os países dependentes a “eterna escravidão”.
6. Essa estruturação deve ser
alcançada através das lutas concretas e das mediações necessárias até a tomada
do poder por nossa classe em escala mundial. É uma combinação da ação
horizontal em constante verticalização de forças e estruturação dos
trabalhadores, fortalecendo cotidianamente os nossos objetivos e a nossa
estratégia revolucionária rumo ao poder da classe trabalhadora que não deve
se limitar à fronteiras geográficas existentes.
7. Essa organização terá como alicerce
programas e princípios com estratégia de luta sempre a partir dos
interesses da classe trabalhadora, que inicialmente poderá se organizar num
determinado lugar com adequações táticas, sem
perder a concepção estratégica do poder da classe. A base do nosso
programa deve ser anti-imperialista, anticapitalista, rumo ao comunismo
científico.
8. São inúmeras as referências
Bibliográficas de que a classe trabalhadora é internacional. O chamado contido
no manifesto comunista “trabalhadores do mundo inteiro Uni-vos,” soma-se a
outros chamados e apelos a essa necessidade organizacional imperiosa.
9. Reafirmamos esse chamado por
entendermos que de fato essa é a mais urgente realidade que se impõe, buscando
construir estrategicamente um Partido internacional da Classe Trabalhadora,
dentro dos princípios norteadores da luta de classe, debatido e aprovado pelo
conjunto dos trabalhadores unidos mundialmente em torno desse almejado
objetivo.
10.
No âmbito da
elaboração marxista, criaram as internacionais Comunistas como forma de
irradiar pelo mundo determinados elementos táticos e estratégicos, buscando organizar
e influenciar a classe muitas vezes sem a devida mediação diante da realidade
em determinados países.
11.
É preciso criar
um instrumento forte e centralizador de nossa luta que explicite a coesão
necessária para se contrapor a ordem capitalista que além do conjunto das
ideias dominantes, dirige e controla mundialmente os seus
seguidores e aposta na fragmentação dos trabalhadores dispersos nas
mais varias tendências políticas diluídas em centenas de países
como forma de manter o poder.
12.
Mesmo diante
desse objetivo central hoje materializado nas internacionais e nas federações
existentes no mundo do trabalho em âmbito sindical, popular e estudantil, não
encontra correspondência no âmbito partidário que muitas vezes são criados para
atender interesses imediatos em determinados municípios, estados e em nível
federal. Na prática são balcões de negócios instituídos para atender interesses
de grupos econômicos que se traduzem nos interesses e disputas políticos
partidária focados e determinados, transformando o público em privado.
13.
A criação dessa
ferramenta dialogará em todas as partes a partir de princípios que leve em
conta os direitos dos trabalhadores que lutam por uma nova ordem econômica, com
objetivos antagônicos aos existentes na sociedade capitalista.
14.
Hoje nos
comunicamos através de ferramentas virtuais em dimensão internacional
correspondente a dita globalização que nos impõe a necessidade utiliza-las para
dentro e fora da nossa aldeia global.
15.
Essas leituras
devem ser efetuadas e as instâncias produzirão novos parâmetros em base a novos
paradigmas, necessários ao mundo em permanente transformação.
16.
Devemos
estabelecer uma estrutura verticalizada com direções rigorosamente
centralizadas pela classe tendo como ponto de partida as bibliografias e
experiências concretas descritas nos clássicos reverenciados pelo
conjunto da classe trabalhadora.
Texto que
apresentei ao 2° congresso da TLS realizado nos dias 6 e 7 de abril de 2013.
Entendo que deveríamos estudar um pouco mais sobre a realidade partidária
internacional
Abril de
2016
Aldo Santos
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