A GREVE DOS PROFESSORES
E A CONJUNTURA.
A luta pela sobrevivência sempre esteve presente no cotidiano da classe
trabalhadora, ao longo da história da humanidade. É claro que o embate classista
definiu seus contornos a partir do surgimento do Estado e mais recentemente com
os modos de produção e a formação da classe operaria no capitalismo.
Na recente eleição para presidencia da república, evidenciou-se uma falsa
polêmica com a polarização dos candidatos que disputaram o segundo turno das eleições.
O balcão de negócio gerou e gera disputas encarniçadas pelo controle do aparato
do governo, que, insaciáveis, não estão sendo capazes de aplacar a fome por
cargo e espaço institucional, transformando ainda as vacas leiteiras do sistema (Petrobrás
e outras) numa disputa e denúncias sem fim, principalmente na figura dos
históricos e fisiológicos partidos que compõe o governo.
Na medida em que o PSDB e outros
estão excluídos da farta mesa dos palácios, a disputa fica acirrada e ganham as
ruas entre os que defendem o atual governo e os que querem o impedimento do
mesmo.
No fundo, essas disputas são por reformas e não pela revolução social contra
o sistema opressor capitalista em que vivemos.
Corroborando com essas denúncias e práticas condenáveis de corrupção, a
educação vem politizando e esvaziando essa polarização ao colocar a educação
como um fator determinante no processo de transformação social e de politização
educacional.
Com a deflagração de greves em vários Estados, professores saem às ruas
exigindo melhores salários, condições de trabalho, diminuição do número de
alunos em sala de aula, por novos concursos públicos e por efetivo
investimento de 10% do PIB na educação, já!
Essa agenda de greve foi agravada com a aprovação do PL 4330 que visa ainda
mais sucatear o serviço público e privado em nosso País.A pauta de reivindicação deve acrescentar também a campanha pelo “Veta Dilma”, dessa famigerada lei que vai
deteriorar ainda mais a vida da classe trabalhadora.
Os motivos e as condições para uma
greve geral estão na ordem do dia e a Intersindical deve contribuir com esse
processo de luta em curso.
Nesse sentido, o retrocesso político
da polarização entre extrema direita e cento direita se combate com educadores
nas ruas, juntamente com os educandos e a sociedade organizada e consciente do
que está em jogo nesse tabuleiro político.
A luta pela educação pública, gratuita, laica, democrática e de qualidade vai continuar, uma vez que as ruas se transformaram em grandes eventos educacionais, e o chamado coletivo aos educadores de fato comprometidos com a educação continua ecoando : “Vem pra rua, porque a rua é a maior arquibancada do Brasil” (cantada pelo vocalista Marcelo Falcão da banda do Rappa)
A greve é dos educadores, dos estudantes e da sociedade como um todo,
pois, a vitoria dos educadores será também uma vitória da qualidade e eficiência da
educação brasileira.
Temos muito apoio, mas ainda falta muita gente nessa luta em defesa dessa
histórica bandeira que é a educação como fator de evolução, desenvolvimento e
libertação do atraso econômico e da opressão cultural.
Todos à luta e nas ruas
como educadores da pátria do mundo do trabalho.
Lutar e vencer é
preciso!
Aldo Santos- Membro da
executiva Nacional da Intersindical e Presidente da Associação dos Professores
de Filosofia e Filósofos do Estado de São Paulo.
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