RACISMO É INSTITUCIONALIZADO NA CÂMARA MUNICIPAL DE SANTO ANDRÉ
Em novembro de 2013 a funcionária da Câmara municipal de Santo André, Nadia Silva Caldeira foi chamada de “Macaca” pela assessora do vereador José de Araujo, Vergínia Mastrocolo. Esse fato foi denunciado publicamente e com a mobilização regional do movimento negro a câmara abriu uma sindicância para apurar os fatos, além de denúncia na justiça.Mesmo diante de um caso de racismo explicito, a comissão de sindicância optou pelo arquivamento da matéria.
“Helton Fesan,advogado de Nadia criticou a conclusão da investigação da câmara. De acordo com Fesan, o relatório apontou que testemunhas disseram que a declaração da assessora teve tom de brincadeira.”(ABCDMAIOR,25/26/11/2014)
Ainda segundo o mesmo jornal, o advogado declara: ”A postura da Camara inclina para um racismo institucional. Infelizmente, o processo administrativo deveria tratar o racismo com rigor, mas o que percebemos é a tolerância excessiva.A sindicância concluiu que não havia elementos que confirmasse a denuncia da agredida e ainda a criticou por ter levado o caso ao conhecimento público”.
O presidente da câmara, vereador Donizeti Pereira, lavou as mãos diante dos fatos, apesar do movimento negro ter apontado uma série de medidas que deveriam ter sido tomadas diante das denúcias envolvendo uma funcionária do legislativo.
Entendemos que o fato não está encerrado e precisamos reagir e organizar ainda mais o movimento negro e a população indignada com a conivência do racismo no poder legislativo da cidade. Vamos retomar uma série de reuniões e denunciar mais esse episódio em que o racismo é tratado com omissão e naturalidade pelas autoridades.
-Continuar na luta é preciso!
Aldo Santos. Militante do Espaço Cultural Luiza Mahin
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