Balanço eleitoral

Balanço eleitoral

Esse processo eleitoral configurou uma disputa intensa entre o continuísmo e o retrocesso, bem como a negação demonstrada pelo expressivo numero de votos nulos e brancos nestas eleições. Com uma votação acirrada - cerca de 4 milhões de votos de diferença – foram suficientes para impedir a eleição de Aécio Neves, do PSDB, representante dos interesses elitistas do país, que fugiu na maior parte de sua campanha de deixar clara sua posição econômica, como ao ser confrontado a cerca das declarações de Armínio Fraga, cujo alegava que o salário mínimo se encontra muito alto. Com 51, 64% dos votos, foi reeleita Dilma Rousseff, do PT, que contou com apoio determinante da união da esquerda brasileira.

O resultado das eleições gerou uma onda de xenofobismo, preconceito e discurso de ódio por parte do eleitorado de Aécio Neves, voltado principalmente aos nordestinos, protagonistas de uma vitória esmagadora da Dilma nos estados pertencentes a essa região. Com um discurso fascista e separatista que teve direito até movimento de Impeachment.

Esse pleito eleitoral mostra um Brasil dividido, porém com suas qualidades democráticas soberanas, cabe lembrar nesse momento o conceito de democracia: A democracia, do grego, poder (demos) e povo (kratos), têm como uma das principais funções a proteção dos direitos humanos fundamentais como: a liberdade de expressão, de crença, de proteção legal, sendo todas as principais decisões políticas decididas por meio do voto pelo povo. Por tanto, tal discurso de ódio promovido após eleições revela que seus praticantes gostam de tirania e não de democracia.

Por fim, mesmo dando apoio com o objetivo de não eleger Aécio Neves, a esquerda de fato continuará sendo oposição ao PT. A luta estudantil, assim como a luta da classe trabalhadora, importantes nesse processo, continuarão firmes para diminuir as expressivas desigualdades sociais do país.

José Vitor e Amanda Soares - Coordenadores do MEL (Movimento Estudantil Livre)