quarta-feira, 23 de julho de 2014

JARDIM FALCÃO E ACAMPAMENTO SANTO DIAS

JARDIM FALCÃO E ACAMPAMENTO SANTO DIAS: A LUTA POR MORADIA CONTRA OS ESPECULADORES E A REPRESSÃO ESTÁ NA NOSSA MEMÓRIA.
No mês de julho, dois grandes movimentos de luta por moradia fazem parte do “calendário oficial” da história da cidade de São Bernardo do campo.
O primeiro foi à reintegração de posse do Jardim Falcão, realizada no dia 22 de julho de 1998, onde a estrada do Alvarenga se transformou numa Praça de Guerra. Na ocasião juntamente com outros parlamentares participamos ativamente da luta contra aquele ato repressor, que contou com a complacência do até então Prefeito Mauricio Soares.
Foi uma tragédia social e até hoje os moradores continuam na rua da amargura sem nenhuma solução plausível por parte do poder público municipal. Faltou vontade política para evitar a referida reintegração de posse, uma vez que grande parte da cidade está situada em área de proteção  manancial.
Outro grande movimento de repercussão nacional foi a ocupação do acampamento Santo Dias, realizado no dia 18 de julho de 2003, numa área ociosa de propriedade da Volkswagen do Brasil, onde hoje está instalado o depósito das casas Bahia na Avenida Dr. José Fornari em SBCampo.
Foram aproximadamente sete mil ocupantes que ergueram suas barracas e sonharam com a possibilidade concreta da casa própria. Na ocasião a presidência da República, o governo do Estado de São Paulo e o prefeito do Município  se posicionaram contra o movimento, levando então  à  violenta reintegração de posse  pela policia militar do Estado de São Paulo.
Indiscutivelmente foi uma grande ocupação popular e uma espécie de laboratório do MTST, no tocante a ocupação urbana.  Nesse movimento fui vitima de três processos que até hoje se arrastam nos tribunais. Fui vítima de um linchamento público e político além de ser criminalizado politicamente. Esse é o preço da tomada de partido ao lado dos oprimidos: sem teto e de toda classe trabalhadora. Esses dois movimentos apontam para a necessidade de políticas públicas, por exemplo: moradias populares urgentes, uma vez que o déficit habitacional no município está em torno de 50 mil casas, segundo  projeção  do movimento sem casa.
O projeto “minha casa minha dívida”, resolveu o problema dos especuladores imobiliários e das  empresas que estão lucrando, enquanto os moradores de baixa renda continuam sem teto e sem terra em nosso país. Para dialogar, debater e responder aos atos de violência institucional contra os empobrecidos pelo  capitalismo é que precisamos preservar a memória dessas lutas, divulgando e transmitindo às novas gerações  como os burgueses tratam da acumulação das riquezas e do poder, em detrimento do sofrimento da maioria esmagadora da classe trabalhadora.
DIA 30 ÀS 19 HORAS VENHA DEBATER ESSES CONFLITOS E A LUTA PELA TERRA NO BRASIL.
AVENIDA FRANCISCO PRESTES MAIA, 233, CENTRO DE SBCAMPO.
ALDO SANTOS. MILITANTE DAS LUTAS SINDICAIS, POPULARES E ESTUDANTIS.





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