É uma tradição dos militantes, dos intelectuais, dos dirigentes Partidários, do movimento sindical, popular e
estudantil, compreender o conjunto (conjuntura) de problemas que circundam e interferem no planeta, no
país, nos estados e municípios para que possamos identificar e compreender e transpor as barreiras,
reconhecer os aliados e combater os inimigos históricos dos povos.
É neste contexto que precisamos analisar o momento em que nos encontramos, com a macro
disputa internacional, o avanço do neoliberalismo e do fascismo, o reordenamento da burguesia às custas
do empobrecimento de milhões com a retirada de diretos conquistados com a luta e enfrentamento dos
povos, contra as tiranias e os golpes perpetrados por governantes a revelia do interessa da maioria dos seres
humanos no planeta.
E, neste debate, a filosofia nunca foi nem será neutra, pois ao defender ou refutar a barbárie capitalista em
nome da suposta civilização, ela sempre toma partido para o bem ou para o mal.
O Brasil esta contido nesse conjunto de processos de analise, pois com a reorganização das “forças
reacionárias que deflagraram” um golpe político no povo, e, como parte desse golpe os avanços e direitos
estão sendo esmagados por políticos e partidos historicamente comprometidos com o acúmulo do capital
em detrimento do confisco dos direitos e das liberdades vivenciadas e conquistadas pela classe trabalhadora.
O reinado do PMDB, do PSDB, cúpula do PT, DEM, PPS e outros partidos estão desnudos e mergulhados
num lamaçal de corrupção como nunca visto antes.Defendemos que se apure até as últimas
consequências,punindo os culpados, confiscando bens roubados, mas não temos ilusão com o abuso de
autoridade do judiciário e seus braços repressivos que permeiam a sociedade nesta micro e macro física do
poder.
Já aprovaram a “deformação” do Ensino médio, o congelamento dos salários e direitos bem como
investimentos por vinte anos, aprovaram as terceirizações, que levará ao sucateamento do trabalho e
empobrecimento ainda mais do nosso povo, e agora, pretendem aprovar as reformas da previdência e
trabalhista para esmagar e condenar o presente e o futuro de quem produz as riquezas neste país. No
Estado de São Paulo, os salários foram congelados há mais de três anos, o desemprego na educação é
notório e a capacidade de reação embora existente, são canalizadas para outras demandas de interesses
dos aparatos dos sindicatos e centrais sindicais.
Sem perspectivas diante deste novo governo, a única saída é a união e organização da população resistindo
e construindo uma potente greve geral no dia 28 de abril para barrar essas maléficas reformas,derrubar o
governo Temer e seus asseclas como condição básica para a retomada do crescimento, acabar com o
desemprego, punir os corruptos, regulamentar o poder desmedido dos meios de comunicação e com a farra
dos banqueiros.
Nesse sentido, os professores de filosofia precisam tomar partido ao lado dos seguimentos vulneráveis da
sociedade, disputar os espaços nas escolas para manter o atual currículo, não permitindo o currículo
mínimo e nos organizarmos para acompanhar e definir no âmbito do Estado a aplicação das medidas
contidas na lei federal no tocante a dita reforma do ensino médio.
Não basta “comparecer às reuniões” esporadicamente, é preciso agir e reagir a toda e qualquer forma de
desconstrução da nossa luta pelo reconhecimento de nossa disciplina em âmbito federal, estadual e
avançarmos em nível municipal.
Mesmo num mundo pós-moderno e da pós-verdade, tomar partido sempre é preciso ( se tornar parte), uma
vez que todos somos militantes conscientes ou não do nosso papel na história da filosofia e na
transformação da sociedade.
Precisamos sair do mundo da doxologia virtual para o mudo da episteme classista, da práxis cotidiana, ao
lado dos verdadeiros construtores e mantenedores do poder em toda sociedade que é a classe trabalhadora.
Lutar, vencer e avançar é preciso!
Aldo Santos- Vice-presidente da APROFFESP e presidente da APROFFIB.
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