domingo, 25 de outubro de 2015

Posse aos eleitos já

Posse aos eleitos já
 
               Já vivenciei dezenas de eleições nas mais variadas categorias e conheci os mais variados métodos de construção e desconstrução dos adversários em disputas.
               Confesso que o que vem ocorrendo na eleição do sindicado dos servidores de são Bernardo do campo foge a tudo que conheci e vivenciei, naturalmente, dentro de um patamar de respeito à vontade de determinadas categorias e da ética sindical, política e partidária.
               A atual diretoria do Sindserv, numa assembleia delimitada pela impossibilidade de comparecimento de grande parte da categoria, elegeu a comissão eleitoral, definiu o roteiro das urnas, coordenou todo o processo eleitoral na coleta e contagem dos votos, tendo um carro com fiscais da chapa 1 orientando o percurso a ser seguido, além de que cada urna tinha um coordenador de mesa e 1 mesário da referida chapa e somente um da chapa dois. 
               Nos dois dias da eleição a chapa dois sobreviveu a um aparato profissional com frotas de carros, mesários e fiscais profissionalizados e, mesmo assim, ao abrir as urnas a chapa 2 venceu a eleição com a diferença de 51 votos. O presidente da chapa em vídeo público reconheceu a força dos opositores, desejou boa gestão reconhecendo a vitória dos mesmos e tudo estava certo para a posse no dia 1° de dezembro do corrente ano.
               Como o processo eleitoral fora “concluído”, as documentações ficaram de posse da comissão eleitoral, na sede do sindicato, e para o espanto de todos, na semana logo após reconhecer a vitória da chapa 2, integrantes da chapa 1 começaram a  ventilar que a eleições foram fraudadas. A comissão eleitoral indicada pela chapa 1 anulou o processo eleitoral legitimo e convocou uma nova eleição com a publicação de edital, num flagrante desrespeito à soberania da categoria que se expressou numa eleição controlada pelos atuais derrotados. 
               Conheço vários dos membros da referida chapa 1 e não esperava um comportamento que foge à democracia operária, aos princípios das relações das entidades sindicais e o desrespeito a uma categoria de servidores que clamam por renovação.
               A chapa dois e apoiadores se insurgiram contra esse comportamento estranho e incompatível com a razoabilidade das relações respeitosas que deve nortear os que se propõem a representar os interesses dos trabalhadores, em detrimento de interesses escusos da categoria. Esse comportamento contraditório de anular as eleições é o mesmo dos tucanos nas relações políticas no seio do atual governo, pois ao criticarem os opositores que não respeitam as decisões das eleições no último pleito para presidência da Republica, os integrantes da chapa 1 e a atual diretoria do Sindserv também não respeitam os vencedores das eleições em são Bernardo do Campo.




               Esperamos que a Justiça faça justiça, reconheça a decisão da categoria que elegeu a chapa da oposição unificada, restitua o poder e vete qualquer processo de corrupção eleitoral e golpe contra a vontade das urnas.
               Ao permanecer esse quadro, abre-se um novo período do “sindicalismo de resultado”, ao estilo Cunha, que vota até que se imponha o seu resultado, como aconteceu na fatídica votação da redução da maioridade penal.
               Normalmente é a oposição quem recorre das decisões, e nesse caso a própria chapa da situação recorrer do processo eleitoral que ela conduziu da forma que entendeu é no mínimo um atestado de incompetência e por essa manifestação demonstram que não estão preparados para continuarem a frente desta entidade sindical.
               Já ganhei e perdi várias eleições, quando ganhei agradeci pelo apoio recebido e quando perdi, sempre tirei lição dos erros para numa próxima oportunidade superar e estar à altura dos representados. 
               Posse aos eleitos no dia primeiro de dezembro 2015.



               Democracia já!







Com Saudações Sindicais Revolucionárias



Aldo Santos-Ex-vereador, Presidente da Associação dos filósofos e da Executiva da Intersindical-central da classe trabalhadora.

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