domingo, 28 de julho de 2013

O “destino” do rio é encontrar do Grande Rio.


Já conhecemos o professor Alfredo  Buolos há muito tempo, pois todos os anos, ele participa das atividades do movimento negro em nossa região, expondo alguns textos, reafirmando seu compromisso com a história e a luta do movimento negro organizado.
Essa atividade foi realizada pela editora FTD, que procurou apresentar novas tecnologias para subsidiar os educadores em sala de aula. Começou sua exposição com o quadro Guernica de Pablo Picasso.
 A obra “Guernica” foi pintada por Pablo Picasso em 1937, e retrata o massacre da cidade de Guernica, na Espanha, pelo poderio militar de Adolf Hitler durante a Guerra Civil Espanhola (http://abstracaocoletiva.com.br/2013/03/22/guernica-analise/).
Com a exposição, abriu-se o debate e os  questionamentos sobre o conteúdo desse quadro que retrata importante massacre   e destruição pelos nazistas, nesta cidade na Espanha.
Para ele, a imagem é uma representação e não uma reprodução do real, fazendo referência ao quadro apresentado.
 No segundo bloco falou do imaginário que temos do continente africano, afirmando que via de regra, a áfrica é pensada como savana e não como cidade. Para o senso comum, a áfrica representa tribos, enquanto para a Europa é povo, e do ponto de vista da linguística, para os Europeus a língua do africano é um dialeto, enquanto, para outros povos é idioma.
Finaliza esse bloco fazendo referência a um novo olhar sobre o Negro, que segundo ele, devemos vê-los de forma positiva e não de maneira negativa com ainda hoje é apresentado a sociedade. Destacou a figura de Milton Santos, falou de seu exemplo como educador, a forma como atendia os alunos carinhosamente e afirmou que “O professor ensina o que  ele é, e não  o que ele sabe”.
Falou do exemplo da capoeira e a luta do Mestre Bimba que saiu da Bahia, foi ao Catete falar com Getúlio Vargas, explicando o significado dessa arte, e, após esse encontro a capoeira deixou de ser criminalizada, por volta de 1930. Afirmou que a capoeira representa a dança e a luta do povo escravizado e oprimido.
No terceiro bloco apresentou novas ferramentas virtuais. Foi muito importante o conteúdo do vídeo sobre a tribo dos Mundurunkus, que numa conversa simples com um líder indígena, o mesmo fala de como a criança indígena era tratada, e, que quando pequeno tinha vergonha de ser índio  No diálogo com seu avô, o mesmo disse para o neto ouvir a voz dos rios e das florestas. A voz do rio é nítida, expressa sua energia, seu movimento e sua contribuição com o alimento dos nativos, bem como fornece a água limpa nos sacia. O destino do rio é buscar do Grande Rio.
Antes de seu avô morrer, teve outro diálogo com o mesmo, dizendo que tinha se assumido como índio  momento em que o avô disse que ele não era índio e sim Mundurunku; índio é coisa de branco.
O jovem tira lição do diálogo e encerra o diálogo convidando todos a reflexão, afirmando que  tinha que ir embora , pois, “a floresta  estava avisando  que  ia chover”.Merece destaque na exposição  o crescimento da população nativa no Brasil.
Apresentou outras ferramentas apropriadas para o ensino fundamental de forma lúdica e atrativa, segundo os presentes.
Finalmente agradeceu a presença de todos e todas, e nosso sindicato foi representado na fala dos dirigentes da subsede, professor Cido e  professora Conceição. Após a exposição todos foram ao jantar no restaurante, com boa animação musical, num clima descontraído e pedagogicamente recomendável.

Uma boa exposição é preciso!


Aldo Santos- coordenador da apeoesp-sbc,presidente da APROFFESP E APROFFIB, militante do PSOL.

terça-feira, 23 de julho de 2013

Nota de repúdio do Psol Regional Grande ABCDM contra a ação violenta do prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho.

Nota de repúdio do Psol Regional Grande ABCDM  contra a ação violenta do prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho.

No dia 15 de julho de 2013 o "Comitê dos Trabalhadores e Juventude do ABCD", que discute há mais de ano a questão dos transportes públicos na região, participou de reunião com os prefeitos dos sete municípios do grande ABC no Consórcio Intermunicipal. Temas como disponibilização das planilhas de ônibus, redução das tarifas, dentre outros, foram abordados.

Ao final da reunião os prefeitos conversaram com os militantes de cada cidade respectivamente, com exceção do prefeito de São Bernardo do Campo Luiz Marinho que tomou a direção da saída. Quando abordado por membros do Comitê empurrou o braço de um deles e, em seguida, sem nenhuma explicação, seus seguranças partiram para a agressão física acertando o rosto do presidente do Psol de Santo André, Marcelo Reina.

Seguiu-se um pequeno tumulto logo controlado, mas reinou a indignação geral pela truculência da ação.

Marcelo Reina fez um Boletim de Ocorrência e exame de corpo de delito. Constatou-se uma fratura no nariz.


Em função do ocorrido, nós do Partido Socialismo e Liberdade Regional Grande ABC, vimos à público para:

1) Repudiar veementemente a maneira agressiva e truculenta como os membros do "Comitê dos Trabalhadores e Juventude do ABCD" foram tratados pelo prefeito Luiz Marinho e pelos seus seguranças;

2) Repudiamos a postura do Consórcio Intermunicipal de prefeitos do ABC que se omitiu sobre o caso;

3) Repudiamos a expressão utilizada pelo prefeito Luiz Marinho sobre a agressão no jornal
DGABC, referindo-se a Marcelo Reina: "Ele teve seu minuto de fama";

Psol Regional Grande ABC
DMR

Assista os vídeos abaixo que evidenciam a truculência no episódio.

https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=Qlh9K_TLh4c
https://www.youtube.com/watch?v=NmHiNo6A99E

domingo, 21 de julho de 2013

CHURRASCO COLETIVO CONTRA A ALTERAÇÃO DA LINHA 18- BRONZE DO METRÔ.

CHURRASCO COLETIVO CONTRA A ALTERAÇÃO DA LINHA 18- BRONZE DO METRÔ.

            Conforme anunciado pelos meios de comunicação, compareceram no dia 20/07/2013, inúmeras lideranças dos movimentos sociais e sindical da região para protestar contra a tentativa de dificultar a construção da linha 18-bronze do metro, que deve passar pela avenida Aldino Pinotti, centro de São Bernardo do Campo. Esse churrasco faz parte das grandes manifestações que vem acontecendo em nosso país.
            Cada um contribuiu como pode e todos se alimentaram ao som do grupo de pagode Lá Maior, regado a refrigerante  e bebidas, animado  com  um bom papo entre os presentes. Registra-se ainda significativa presença da imprensa, como se observa na repercussão deste domingo.
           Embora não se declarando contra o metrô na região, os moradores dos condomínios Domo Home, Domo Business e Domo Prime, afirmam que essa construção vai depreciar os imóveis e comprometer a privacidade dos moradores. Para um dos organizadores Murilo Borges, essa obra é muito importante para o transporte público na região, uma vez que a falta de planejamento  vem estrangulando a mobilidade urbana e somente com  transporte público de qualidade possibilitara a melhoria dessa demanda. O movimento vai ficara atento a outras manifestações dos moradores e vai se empenhar pela rápida construção desse importante e necessário meio de locomoção.
Vamos à luta sempre!

Aldo Santos-militante do Comitê Regional Unificado contra o aumento da passagem.



sexta-feira, 19 de julho de 2013

O racismo envergonha a Itália

O racismo envergonha a Itália
A ministra da Integração da Itália, Cécile Kyenge, que foi comparada a um "orangotango" pelo pelo vice-presidente do Senado, Roberto CalderoliA Itália tem um problema com a intolerância. Não se trata de que seja um país racista ou não --como se mede realmente isso?--, mas os episódios violentos, sejam de palavra ou de ação, contra os que são considerados diferentes --por sua cor, religião ou condição sexual-- ocorrem com preocupante frequência. A agressão da Liga Norte, o partido xenófobo que apoiou os últimos governos de Silvio Berlusconi, à ministra da Integração, Cécile Kyenge, não se limita aos insultos proferidos no sábado pelo vice-presidente do Senado, Roberto Calderoli, que a comparou a "um orangotango" devido à cor de sua pele. Já vinham de antes e se intensificaram na segunda-feira.
Pablo Ordaz
A ministra da Integração da Itália, Cécile Kyenge, que foi comparada a um "orangotango" pelo pelo vice-presidente do Senado, Roberto Calderoli
A reação institucional, por sua vez, continua sendo por enquanto tímida demais. O presidente da República, Giorgio Napolitano, limitou-se a manifestar sua "indignação pelo clima de ódio" que vive o país, e o primeiro-ministro, Enrico Letta, mostrou-se "envergonhado" pela imagem da Itália que está sendo mostrada por "toda a imprensa estrangeira".
Enquanto isso, o senador Calderoli e seus companheiros da Liga Norte, longe de emendar o erro, intensificaram suas chacotas ou, no máximo, se desculparam discretamente. O duas vezes ministro com Berlusconi tentou se justificar dizendo que gosta de comparar os políticos aos animais --"o primeiro-ministro Letta parece uma garça e o vice-presidente Angelino Alfano, uma rã"-- e que telefonou para a ministra para lhe pedir desculpas, mas que demitir-se, não. Sobretudo, acrescentou, porque se sente apoiado por seus eleitores e seus companheiros de partido.
E a verdade é que não lhe falta razão. Os insultos à doutora Kyenge, proferidos durante um comício em Treviglio --"adoro os animais, os ursos, os lobos, mas quando olho para ela me vem à cabeça um orangotango; seria uma excelente ministra, mas no Congo, em sua casa"-- foram completados na segunda-feira por outros expoentes da Liga Norte. Daniele Stival, um assessor para a imigração da região do Vêneto, usou uma suposta ironia para escrever em sua página do Facebook: "Estou profundamente indignado pelos termos ofensivos usados por Calderoli contra uma criatura de Deus como é o orangotango. É vergonhoso que se possa comparar um pobre animal indefeso e sem escolta com um ministro do Congo".
Depois de se ver retratado nos jornais, o tal Daniele Stival disse que se tratava apenas de uma piada, assim como fez seu colega, o senador Calderoli, ou também sua companheira de partido Dolores Valandro, vereadora da Liga em Pádua, que em junho passado --e depois de uma agressão sexual supostamente cometida por jovens negros-- se perguntou também no Facebook: "Mas não há ninguém que viole essa mulher?" Uma piada...
Depois de um silêncio de 24 horas, rompido somente por um rápido comunicado no qual animava a ministra da Integração a continuar seu trabalho, o primeiro-ministro Letta ficou mais sério na segunda-feira. "Isso que está acontecendo", disse, "é mais uma página vergonhosa para nosso país. Lamentavelmente, a Itália está hoje na imprensa de toda a Europa por causa desse assunto. Portanto, devo fazer uma ligação para Roberto Maroni, líder da Liga Norte e presidente da Lombardia, a maior região da Itália, para que feche rapidamente essa página. Se não a fechar, entraremos em uma lógica de confronto total que não convém a ninguém, muito menos ao país". Também o presidente do Senado, Pietro Grasso, censurou a conduta de seu vice-presidente, dizendo que "não se pode refugiar-se atrás de um comício para esconder o que é uma verdadeira agressão racista..."
Mas nem a Liga Norte nem o senador Calderoli se deram por intimidados. Pelo contrário. Em um comunicado, o partido secessionista anunciou: "Depois de ter tomado nota das desculpas de Roberto Calderoli pelo caso Kyenge, a secretaria da Liga decidiu dar ainda mais força a sua iniciativa política, convocando uma manifestação sobre a legalidade e a luta contra a imigração ilegal em 7 de setembro, em Turim".
O líder da Liga Norte e presidente da Lombardia, Roberto Maroni, também se fez de surdo diante do pedido de Letta para que contivesse a espiral racista. Nem exigirá que seu senador se demita nem mudará sua linha política contra a concessão do direito de cidadania aos filhos dos imigrantes nascidos na Itália ("ius soli"), projeto que a ministra Cécile Kyenge transformou em sua bandeira.
A ministra da Integração, nascida há 48 anos na República Democrática do Congo e oculista de profissão, transformou-se desde sua nomeação há quatro meses no principal alvo dos intolerantes, mas o problema é muito mais antigo. A Itália é sacudida de vez em quando por ondas de xenofobia que envergonham a maior parte da população, mas que encontram acolhida em partidos ou associações que, longe de esconder-se, se orgulham de sua intolerância. Em 2009, o Parlamento Europeu chegou a advertir em um duro informe que os episódios de racismo estavam aumentando na Itália e que alguns deles se caracterizavam por "uma violência sem precedentes".
Em algumas ocasiões as vítimas são os negros --em 2011, um ultradireitista matou a tiros dois senegaleses em Florença. Em outras, os ciganos --também nessa época, em Turim, arrasaram um acampamento por causa de um estupro que não tinha acontecido. Mas também os homossexuais --há alguns dias foi queimado um colégio em Roma que havia se transformado em emblema contra a homofobia-- ou simplesmente quem não se adapta aos cânones que os intolerantes consideram adequados. No domingo, o presidente da República, o velho e respeitado Giorgio Napolitano, mostrou-se indignado e condoído pela espiral de ódio, imprópria da Itália. E o secretário da Liga Norte na Lombardia, um tal Matteo Salvini, se permitiu mandá-lo calar-se.
Dardos xenófobos
As palavras de Roberto Calderoli não são a única agressão verbal por parte de uma direita cada vez mais abertamente racista à primeira ministra negra da história da Itália.
O principal inimigo da ministra Kyenge é o eurodeputado Mario Borghezio, que, como Calderoli, pertence à Liga Norte. "Este é o governo do bunga-bunga", declarou à Rádio 24. "Quer mudar nossa legislação e nos impor suas tradições tribais", disse. "Parece uma boa dona de casa, mas não uma ministra de governo."
Dolores Valandro, vereadora da Liga em Pádua, foi expulsa do partido em junho depois de publicar no Facebook: "Mas não há ninguém que viole essa mulher?", ao lado de um link na página "Todos os crimes dos imigrantes". Outra página da Liga, em Legnago, publicou uma semana mais tarde: "Se os imigrantes são um recurso, vá ser ministra no Congo!" Elvira Savino, deputada do Povo da Liberdade, o partido de Berlusconi, disse: "Depois do projeto de lei sobre a legalização dos filhos, apresentará um legalizando a poligamia, que sua família pratica no Congo?" A ministra havia falado abertamente na TV pública sobre a poligamia de seu pai e seus 38 irmãos.
Tradutor: Luiz Roberto Mendes Gonçalves

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Segundo Reina, a agressão teria partido de um segurança de Luiz Marinho (PT), prefeito de São Bernardo e presidente da entidade. O petista disse ontem não ter visto o ocorrido e ironizou Reina. “Ele teve seu minuto de fama.”

Grana se reúne com grupo de manifestantes no prédio da Prefeitura

Fabio Munhoz
Do Diário do Grande ABC,
 Publicado em terça-feira, 16 de julho de 2013  

O prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT), se reuniu ontem no Paço Municipal com grupo de manifestantes que exigia mudanças no transporte público. Entre as principais reivindicações estavam o fim da cobrança da tarifa de ônibus municipal para estudantes e a divulgação dos gastos públicos com o serviço. Ao justificar a necessidade da cobrança, Grana expôs a dívida municipal com precatórios, de cerca de R$ 1,5 bilhão. “A ideia de que o poder público tem recursos infinitos é totalmente equivocada. Temos limitações”, rebateu. O prefeito salientou, no entanto, que irá continuar recebendo comissões de manifestantes para debater outras demandas. O chefe do Executivo admitiu também a possibilidade de abrir ao público as planilhas com os gastos da Prefeitura com o sistema de ônibus. “Não nos opomos a isso. Em algum momento isso vai ocorrer, mas estamos em um processo de transição e modernização do transporte.” Não foi dado prazo para que essas informações sejam divulgadas.O diretor da UEE (União Estadual dos Estudantes) Ricardo Canale elogiou a atitude do prefeito, a que chamou de “democrática”. “Exigimos o passe livre estudantil, principalmente para beneficiários do ProUni.”Na segunda-feira, protesto acabou em confusão na sede do Consórcio Intermunicipal. Um dos líderes, o ex-prefeiturável de Santo André Marcelo Reina, foi atingido por soco. Segundo Reina, a agressão teria partido de um segurança de Luiz Marinho (PT), prefeito de São Bernardo e presidente da entidade. O petista disse ontem não ter visto o ocorrido e ironizou Reina. “Ele teve seu minuto de fama.” Marinho afirma que a gestão do Consórcio é “democrática” e que está sempre aberto ao diálogo. (Colaborou Bruno Coelho)


O MOVIMENTO CONTRA O AUMENTO DA PASSAGEM E O PRESIDENTE DO PSOL DE SANTO ANDRÉ SÃO AGREDIDOS EM REUNIÃO DENTRO DO CONSÓRCIO INTERMUNICIPAL DO ABCDMRR.

O  MOVIMENTO CONTRA O AUMENTO  DA PASSAGEM  E O PRESIDENTE DO PSOL DE SANTO ANDRÉ  SÃO   AGREDIDOS EM REUNIÃO DENTRO DO CONSÓRCIO INTERMUNICIPAL DO ABCDMRR.

No último dia 11 de julho de 2013, após passeata do paço municipal de sbcampo até o consórcio intermunicipal sediado em Santo André, ficou decidido que uma comissão do movimento retornaria no dia 15/07, às 10 horas para participar de uma reunião com os prefeitos da região.
Pela manha do dia 15/07, nos reunimos em frente ao consórcio e fomos informados que os prefeitos receberiam os representantes a partir  do esgotamento da Pauta; por volta das 12 horas.
Desde o inicio, havia discordância sobre o número de membros, pois representantes do consórcio afirmavam que só poderiam atender 18 membros e nos falamos da necessidade de atender a representação presente.
Por volta das 12 horas nos dirigimos a portaria do consórcio e cerca de 18 militantes  adentraram ao  prédio,  os demais foram  momentaneamente impedidos. Quando os prefeitos solicitaram que poderíamos subir, forçamos a barra e todos entraram, uma vez que o argumento usado era a falta de espaço físico. Esse argumento caiu por terra  pois nesse momento saíram da sala da reunião com os prefeitos cerca de 35 jornalistas e trabalhadores da imprensa.
Subimos por volta das 13 horas e fomos atendidos pelos prefeitos. Num primeiro momento foi apresentada a pauta de reivindicação com os seguintes pontos acordados pelas lideranças do movimento.
1-Integração intermodal gratuita (ligação entre os diferentes meios de transporte como ônibus, trólebus, trens, e bicicletas) entre as cidades do grande ABC e com a cidade de São Paulo;
2-Revogação total e imediata do aumento das tarifas no grande ABC;
3-Transporte público 24 horas por dia;
4-Em defesa do Passe Livre para toda população (rumo à tarifa zero);
5-Transparência: abertura dos contratos e planilhas com prestação de contas sobre o transporte público;
6-Transporte público, gratuito e de qualidade;
7-Audiência pública nas sete cidades do grande ABCDMRR para discussão da pauta proposta pelo comitê dos Trabalhadores e Juventude do ABCD.
Após a apresentação da pauta, membros do movimento usaram a palavra, reafirmando a mesma, repudiando a violência contra o movimento organizado, como aconteceu no dia 1° de julho de 2013 em sbcampo e outros.  Ato contínuo, os prefeitos usaram a palavra.
Falou o prefeito de Mauá Donizete Braga, afirmando que está aberta a negociação na cidade e que tem mantido o diálogo com o movimento organizado. O prefeito de Diadema Lauro Michael, disse também que vem atendendo o movimento e foi questionado sobre o uso das catracas nos terminais, se colocando favorável em retirá-la e fez considerações sobre o prefeito do PT. O prefeito Grana de Santo André falou de sua disposição em continuar dialogando com o movimento organizado, falou das dificuldades que vem encontrando e manteve uma reunião agenda para o dia 16 de julho de 2013 na prefeitura.
O presidente do consórcio Luiz Marinho, fez um diálogo na defensiva, acusando os movimentos de destruírem o patrimônio público e considerou que esse atendimento já era uma audiência pública, encerrando abruptamente a reunião.
Os prefeitos saíram e por vezes alguns munícipes solicitavam esclarecimentos sobre o andamento da pauta nas respectivas cidades. O conflito começou quando o prefeito Luiz Marinho do PT estendeu a mão para cumprimentar um dos militantes, e o mesmo se recusou  em cumprimentá-lo. O prefeito ficou irado. Nesse momento falei para o prefeito que ele deveria marcar audiência em sbcampo para esclarecer e receber várias reivindicações. Ele disse que poderia receber. Falei do descaso com a educação e ele ficou mais irritado. Outro militante comunicou a ele que o movimento estava sendo rearticulado por vários grupos de esquerda e o prefeito disse que tinha informação que a quebradeira do paço fora feito pelos grupos de esquerda. Ele foi se retirando e um militante disse a ele que uma companheira estava lhe perguntando algo, ele não se importou e outra companheira solicitou esclarecimento, momento em que o prefeito dá um sopapo no braço de um dos militantes e começou enorme desentendimento, com os seguranças de Marinho dando cotoveladas nos presentes. Quando alguns companheiros foram tentar acalmar os ânimos, um dos seguranças do prefeito covardemente deu um soco no rosto do Companheiro Marcelo Reina, vindo a sangrar de imediato. Essa covardia contou com o aparato da guarda municipal de Santo André que ficou ameaçando os presentes  e quando movimento começou a se retirar por completo, um guarda tomou  o celular do companheiros Chicão  que estava fotografando.  Um outro  companheiro recobrou o celular e devolveu ao dono. Após entrevista do companheiro Marcelo Reina no saguão do prédio, nos retiramos e fizemos uma rápida reunião,  aprovando a imediata ida ao 1° distrito policial  para    registrar boletim  de ocorrência. Na saída do consórcio, assistimos uma cena repugnante, quando um guarda municipal inquiriu um militante negro,  Carlos Wellington numa flagrante atitude preconceituosa e discriminatória, indagando - o sobre o destino do celular. Este reagiu dizendo que essa atitude era uma atitude racista e que o celular estava com o seu dono.
Fomos ao 1° distrito em Santo André, levamos um chá de banco por duas horas e o atendimento é digno de revolta, pois “fomos tratados como criminosos”. Ao final, o companheiro Marcelo Reina foi fazer exame de corpo de delito. O movimento vem sendo agredido nas ruas, nas periferias, e dentro das instituições públicas, num total desrespeito aos contribuintes e movimentos organizados.
Foi mais uma cena lamentável dos detentores do poder numa tentativa de calar e amordaçar o movimento organizado.
Enquanto militante sindical e do Psol repudiamos essa abominável agressão contra o movimento em luta e ao Presidente do PSOL de Santo André Marcelo Reina. Fazemos um chamado às entidades sindicais, populares, estudantis e Partidária a repudiar mais essa agressão aos representes do movimento social, encaminhando notas de repúdio ao consórcio, aos prefeitos, a comissão de direitos humanos, exigindo apuração dos fatos e  imediata punição aos agressores.
A luta vai continuar até a vitória da classe trabalhadora!

Aldo Santos - ex-vereador, coordenador da apeoespsbc, Presidente da Associação dos Professores de Filosofia e Filósofos do Estado de São Paulo e APROFFIB, membro do comitê regional Unificado e Militante do Psol.

sábado, 6 de julho de 2013

O professor Rago é um histórico Educador comprometido com as teorias e lutas da classe trabalhadora.

COMUNA DE PARIS.
Foi uma tarde memorável com a exposição do Professor da PUC e da Fundação Santo André, Antonio Rago Filho, que Falou sobre a contribuição histórica dos escritos de Marx sobre Comuna de Paris.
Por mais de três horas, fez detalhada exposição  sobre o Caráter ontológico do Trabalho, numa perspectiva Marxista, falou do papel das  forças produtivas e discorreu com  entusiasmo sobre a Comuna de Paris, uma experiência concreta  relatada por Marx sobre as lutas dos trabalhadores  na França e seu significado  para a classe trabalhadora mundial.
Os operários franceses durante 72 dias (18/03 a 28/05) em 1871, governaram Paris, numa clara demonstração do verdadeiro potencial transformador dos trabalhadores em luta.
 No editorial da revista PUC-VIVA, de janeiro a abril de 2011, ano 12-n° 40, afirma: “As lições da Comuna nos auxiliam na compreensão da atualidade da revolução social. Marx em sua obra A guerra civil na França, escrito imediatamente após a derrota sofrida pela comuna de Paris, apresenta um balanço crítico da comuna, analisando seus acertos e erros. O operariado armado deu um passo à frente ao levantar-se em armas e expulsar Thiers para Versalhes: no entanto, a ausência de um partido revolucionário, para fazer frente aos interesses determinados pela burguesia em meio a guerra imperialista, levou-o a erros táticos e estratégicos, econômicos e políticos, que incidiu fortemente nos acontecimentos. Em 21 de maio inicia-se a tomada da cidade pelo exército de Versalhes e em 28 ocorre a derrota final que, pesar da resistência dos revolucionários em barricadas, não conseguiu fazer frente aos ataques da burguesia, e os operários, homens, mulheres, jovens, crianças, foram massacrados, mortos, executados, presos e deportados”.
Esse debate acontece num contexto de enfrentamentos históricos no norte da África, revoltas populares no Brasil e em várias partes do mundo.
“A Paris operária com sua comuna será sempre celebrada como arauto glorioso de uma nova sociedade. Os seus mártires estão guardados como relíquias no grande coração da classe operária. E aos seus exterminadores, já a história os amarrou àquele pelourinho eterno donde todas as orações dos seus padres os não conseguirão redimir”. (Marx, 1871)
O professor Rago é um histórico Educador comprometido com as teorias e lutas da classe trabalhadora.
Aldo Santos - coordenador da apeoesp-sbc, Presidente da Associação dos Professores de Filosofia e Filósofos  do Estado de São Paulo e APROFFIB, militante do Psol.





quarta-feira, 3 de julho de 2013

EXPOSIÇÃO DO PROFESSOR ANTONO RAGO SOBRE A COMUNA DE PARIS

CURSO DE INTRODUÇÃO AO PENSAMENTO MARXISTA.
NUMA CONJUNTURA MARCADA PELAS LEGÍTIMAS MANIFESTAÇÕES QUE ACONTECEM EM NÍVEL MUNDIAL, COM REPERCUSSÃO IMPACTANTE EM NOSSO PAÍS, SE FAZ NECESSÁRIO A RELEITURA DAS LUTAS E DAS EXPERIÊNCIAS HISTÓRICAS DO PONTO DE VISTA DA CLASSE TRABALHADORA.
NESSE SENTIDO, CONVIDAMOS AS LIDERANÇAS POPULARES, SINDICAIS, PARTIDÁRIAS E ESTUDANTIS PARA IMPORTANTE  EXPOSIÇÃO DO PROFESSOR ANTONO RAGO SOBRE A COMUNA DE PARIS, SEGUIDO DE DEBATE.
SÁBADO, 06 DE JULHO DE 2013, A PARTIR DAS 14 HORAS NA SUBSEDE DA APEOESP EM SBCAMPO.
ENDEREÇO: AVENIDA PRESTES MAIS, 233,1° ANDAR, CENTRO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO.

COMISSÃO ORGANIZADORA.

terça-feira, 2 de julho de 2013

Depois da ditadura Militar , esse foi o maior movimento social na Cidade e a maior repressão contra a população indefesa em São Bernardo do Campo.

PAÇO MUNICIPAL DE SBC  SE TRANSFORMA NUMA PRAÇA DE GUERRA.
Acabei de chegar às 11 horas de uma linda manifestação com mais de 10 mil jovens, trabalhadores (as) da cidade e da região do ABCDRM.
Esse é um movimento plural com várias posturas ideológicas, porém, unidos na luta por um mundo melhor, com justiça social, igualdade de condições, liberdade de manifestação e distribuição de renda.
Saímos do Paço Municipal por volta das 18 horas, percorremos  Lucas Nogueira Garcez, tomamos a Anchieta,  fomos até o trevo e retornamos ao Paço municipal.Uma boa caminhada, sempre  marcada por disputas de espaços e busca de visibilidades das mais variadas organizações e seguimentos  políticos.
Várias palavras de ordens foram proferidas pelos manifestantes:
O povo unido jamais será vencido;
Sem vandalismo;
Copa o caralho, educação, saúde e trabalho;
Vem pra rua vem, e, outras questionando o prefeito Marinho e a Presidenta Dilma.
Ao chegar ao Paço a população foi recepcionada pela Policia Militar, Guarda Municipal e a Tropa  de choque  que jogaram bombas sobre o conjunto da população presente a manifestação.
Desde o final da ditadura, das grandes greves que participei nesse período até os dias atuais, essa foi a maior manifestação que presenciei, bem como, a maior repressão policial contra a juventude, professores e a comunidade em geral. A policia perseguir manifestantes até na porta do Hospital São Bernardo com espancamentos deliberados e generalizados. É uma pena que o prefeito Marinho do PT nada tenha feito pela população em luta que reivindica direitos, há anos retirados dos trabalhadores.
A postura do prefeito é de absoluta indiferença e distanciamento da população. Não recebe o movimento, não dialoga com os setores em luta e vive numa redoma cercado pela República do Holerite.
O Movimento vai continuar cada vez mais forte e unido em busca de suas reivindicações.
O povo na rua a luta continua!
Aldo Santos- Coordenador da apeoesp-sbc, Presidente da Associação dos Professores  de Filosofia e Filósofos do Estado de São Paulo e APROFFIB, militante do PSOL.
(01/07/2013)